Entendento o desastre geológico ocorrido em Capitólio – MG

Em meados de janeiro de 2022, a região de Minas Gerais recebeu grandes volumes de águas de chuva, fato que demandou maior nível de atenção dos órgão competentes e da população. Condições extremas de chuvas, aliadas com o período de grande visitação de áreas de potencial geoturístico contribuem para o aumento de riscos naturais.

Riscos naturais associados a movimentos de massa são os eventos mais destrutivos e frequentes em regiões de montanhas e em maciços rochosos. O movimento de massa do tipo tombamento flexural pode ter sido a razão do desastre em Capitólio. Na região do desastre aflora uma rocha denominada quartzito, que possui boa resistência a erosão, mas quando fraturada, torna-se susceptível ao processo de intemperismo e ruptura. Devido as chuvas intensas, o grande fluxo de água nas fraturas verticais da rocha potencializou o desencadeamento do tombamento dos blocos rochosos individualizados na área do desastre.

Essa tragédia expõe um grave problema relacionado a gestão territorial destinadas ao geoturismo no Brasil, com ausência de laudos geológicos e geotécnicos para identificar e tipificar os riscos geológicos dos locais a serem visitados, bem como a ausência de profissionais das Geociências com qualificação necessária para atuar em prefeituras que possam conduzir esses estudos. Estas áreas devem ser frequentemente monitoradas e a população e gestores devem ser educados e informados sobre riscos geológicos e suas prevenções.

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